sábado, 26 de fevereiro de 2011




Tapetes Voadores I
A tradição Iraniana e a Cosmologia Astrológica
Carlos Fini - Astrólogo

Muito já se ouviu falar em objetos valiosos e de muito requinte. Relógios Cartier, automóveis Ferrari, porcelanas chinesas, vidros Murano, e uma incontável quantidade de outros ícones de beleza e tradição. Com custos elevados e de difícil aquisição nos mercados mundiais, tornam-se sonho de consumo de muitas pessoas. Nada que um punhado razoável de notas verdes não resolva. No quadro destes artigos, os tapetes da Pérsia são bastante cotados. A fama tem no mínimo uma boa justificativa: são pelo menos três mil anos de tradição na arte da tapeçaria. Mas afinal, o que isto tem a haver com a Astrologia?

Para responder esta questão, é necessário entender algumas premissas básicas. A primeira e mais elementar é que a Pérsia antiga nada mais é que hoje a região ocupada pelo Irã, o Iraque, a Turquia e outros países da área, onde os domínios do antigo império Persa fincou suas bandeiras: o oriente médio, sem medo de ser inexato. Foi justamente nesta região que surgiu a Astrologia. É sempre interessante lembrar que a Mesopotâmia foi o berço da Astrologia que conhecemos.

Mas a questão não se resume no posicionamento geográfico. Ainda resta entender por que os povos daquele lugar têm o hábito de tecer. Quais suas intenções ao fazerem isto? Os sinais utilizados em sua arte são meramente decorativos ou correspondem a alguma tradição antiga? As cores utilizadas são artifícios de venda e propósitos para o cliente combinar o tapete com a cortina em alguma "american house"?

Para entendermos uma cultura devemos mergulhar nela, e nunca interpreta-la com nossa miopia civilizatória. O Irã, hoje, é o maior representante desta tradição, tendo preservado e tornado uma de suas principais divisas econômicas. Mais de dezoito milhões de pessoas trabalham hoje no comércio, distribuição e manufaturação de tapetes neste país. Alguns aspectos devem ser levados em conta, se queremos nos iniciar neste assunto, e tomarei o Irã como uma das melhores referências para este ensaio.

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